Deonísio ingressa na
Academia Catarinense de Letras
Foram inúmeras lembranças e homenagens proferidas
em alusão ao ingresso do escritor Deonísio da Silva na Academia Catarinense de
Letras (ACL). Ao ocupar uma vaga permanente, a cadeira número cinco, ele trouxe
todo o acervo da sua obra literária, que é muito significativa para Santa
Catarina, nas palavras do jornalista Sérgio da Costa Ramos, que fez a recepção.
O reitor da Unisul, professor Sebastião Salésio Herdt, compôs a mesa de honra
na posse realizada na noite desta quinta-feira, 21, em Florianópolis.
Deonísio da Silva é autor de mais de trinta livros,
alguns já traduzidos e premiados nacional e internacionalmente. Em 1992, venceu
para o Brasil o prêmio Casa de Las Américas, com o livro ‘Avante Soldados, Para
Trás’. Obra que marcou época e fez com que o nome dele fosse conhecido
internacionalmente. “É uma benção para a Academia a sua chegada. O Dionísio tem
um talento multifacetado, múltiplo. É o colunista Dionísio, é o contista,
romancista, etimologista das revistas de circulação nacional, é o nome de Santa
Catarina para o Brasil”, disse Costa Ramos.
O reitor da Unisul foi colega de Deonísio no
Seminário. Para Salésio Herdt, a conquista de uma cadeira na Academia de Letras
foi merecida. “Primeiro porque ele desenvolve até hoje um trabalho muito
significativo não só para Santa Catarina, mas também para o Brasil. A Unisul
tem o privilégio de tê-lo colaborando como nosso editor, resgatando autores
nacionais e, sobretudo, dando a visibilidade que uma editora universitária deve
ter”, afirmou Herdt.
Para o presidente da ACL, Salomão Ribas, o
recebimento do historiador e escritor, além de professor Dionísio da Silva, é
acima de tudo uma grande honra para a instituição. “Ocupando uma vaga
permanente e eterna, o catarinense de Siderópolis é recebido aqui como um irmão
da terra. Se destacou nacionalmente e internacionalmente e espero que passe
sempre que possível a conviver com os membros da Academia”, parabenizou.
Amigos e familiares prestigiaram a posse de
Deonísio. “A mão que balança o berço é a que mais comove”, disse o escritor.
Apesar de já pertencer à Academia Brasileira de Filologia e ser membro
honorário da Academia de Letras de Brasília, ele afirma que não é possível
compará-las à ACL. “A Academia da minha terra natal, não apenas como criança,
mas como escritor. Essa noite tem muitos lados bonitos, muitas lembranças.
Colegas de Seminário, amigos da adolescência e da vida adulta. A amizade é o
maior tesouro. É superior ao amor, porque você não tem ciúme do amigo. Nem o
ciúme afeta a amizade”, descontraiu.
Seus próximos projetos são um romance sobre
Albertina Berkenbrock, que foi beatificada em 2007 e um projeto sobre a
Operação Lava-Jato. “Estou pesquisando para escrever sobre a Lava-Jato. É uma
serie de livros que vão resultar em três longas metragens. Tenho trabalhado
muito, além de meu trabalho na Estácio de Sá e do projeto editorial na Editora
Unisul. Também estou trabalhando numa obra de Rubem Fonseca”, revelou.
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